Tuesday, June 28, 2011

WORKSHOP de ESCRITA CRIATIVA + “CULTURAL JAMMING” criativamente agitando consciências


““Somos o que fazemos para mudar o que somos”

nas ruas do Porto


Diariamente somos bombardeados com milhares de mensagens de vária ordem, mas sobretudo publicitárias. Todo o nosso espaço público, geográfico e cultural foi invadido por mensagens e símbolos de marcas omnipresentes que se imiscuíram de tar forma no nosso dia-a-dia que já mal conseguimos imaginar a vida sem elas.

Despidas de verdadeira essência ou sentido somos impelidos para comportamentos que mais não fazem que reforçar a nossa subserviência ao sistema mercantilista global e, sobretudo, incentivar-nos a esse ritual tantas vezes tão vazio como mecânico de consumir.

Os próprios meios de comunicação social, regra geral, mais não fazem do que produzir e reproduzir a “era do vazio” e as banalidades e futilidades da moda da agenda neoliberal.

Por outro lado o “cinzentismo” monolítico do “sistema” tomou conta das mais variadas dimensões do nosso quotidiano.

Espartilhado em fatos e gravatas de convenção o indivíduo, por vezes fechado no espaço amorfo de um escritório horas e horas a fio, mais não faz do que sócio-vegetar por aqui e por acolá preenchendo o vazio com algum dos muitos nadas que vão sendo, aqui e ali, oferecidos ou vendidos a preço de conveniência ou estatuto particular.

Chegados a este ponto de “lugar nenhum” coloca-se a questão?

Ainda existe espaço na nossa sociedade para o pensamento livre, irreverente e verdadeiramente transformador? Ainda existe espaço para a criatividade e liberdade de expressão não conformista ou conformada? Ainda existe espaço para que o ser possa ser e se expressar com toda a sua originalidade?


Na oficina de Escrita Criativa e Cultural Jamming vamos buscar, mas, sobretudo, criar caminhos alternativos de acção e transformação social começando, desde logo, nessa componente tão preponderante do todo social que é o indivíduo. Sobretudo do indivíduo empenhado numa mudança livre e criativa de um panorama social estagnado e cinzento.

Vamos praticar e testar diferentes técnicas de escrita criativa, abordar conceitos de intervenção cultural, nomeadamente em contexto urbano, e sobretudo vamos criar e recriar-nos a nós próprios também.


1ª parte

WORKSHOP de

ESCRITA CRIATIVA

ou de como usar a “língua” disfarçada de caneta – como quem diz - para dizer o que às vezes nem convém


6 de Julho, 4ªfeira, 18h30 - 20h30

local: BOMBARDA 566

Contribuição: 12,00 fmi´s


Materiais:

Caderno e ou folhas de rascunho, folhetos do Lidl, multas de trânsito

Caneta, lapis, pena, lata de spray, picareta

Data Limite de Inscrição:

4 de Julho, 2ªfeira,


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2ª parte

WORKSHOP de

CULTURAL JAMMING

ou de como usar a rua para algo mais do que nada


14 de Julho, 5ªfeira, 18h30 - 20h30

local: BOMBARDA 566

Contribuição: 12,00 fmi´s


Materiais:

Revistas, jornais, catálogos de moda, revista da La Redoute

Cola e tesoura, x-acto,

Data Limite de Inscrição:

12 de Julho, 3ªfeira,



WORKSHOP de

ESCRITA CRIATIVA

+

WORKSHOP de

CULTURAL JAMMING

Promoção especial leve 2 pague 1: 20 fmi´s


ORGANIZAÇÃO

TERRA na BOCA e projecto EduCACES

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prolongamento e possível desempate por grandes penalidades

WORKSHOP de

A VIDA (JÁ PARA NÃO DIZER a RUA) É TUA – ENTÃO USA-A


data e hora por definir (ou indefinir)

local: QUERIAS SABER NÃO Era?

Contribuição: A BOLSA OU a VIDA

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Facilitador (como quem diz): Pedro Jorge Pereira

Foi um dos fundadores do núcleo do Porto do Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, entre outras experiências de activismo e voluntariado noutras associações, sobretudo de cariz ambiental, com particular destaque também para a Associação Cultural Casa da Horta.
Editou e publicou através do Programa Capital Futuro do Programa Juventude, o livro “Be the change you want to see”, com um forte carácter pedagógico, destinado à educação ambiental e sensibilização para a importância da cidadania activa e eco-consciente na sociedade actual.

Dinamiza ainda, entre outros projectos e actividades, oficinas ligadas aos temas eco-sociologia, ambiente, ética e escreve artigos de reflexão/pensamento para diversas publicações digitais e em formato papel.

É licenciado em publicidade, com particular prelidecção pela área de escrita criativa e redacção publicitária. Isto se não contarmos com um pequeno compromisso pessoal de levar à completa aniquilição toda e qualquer actividade publicitária com fins estupidificantes.


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Mais informações e inscrições:


Pedro Jorge Pereira – PROJECTO EDUCACES

ecotopia2012@gmail.com

93 4476236

http://thechange2004.blogspot.com/


modo de inscrição:


Através de transferência do montante de metade do valor para o nib:

0035 0091 0000 7119 9001 3 (Caixa Geral Dep.) (*)

com o envio do respectivo comprovativo, e indicação de qual ou quais as actividades em que se inscreve, para:

ecotopia2012@gmail.com


(*) no caso de não realização do curso todos os valores de “sinalização” serão integralmente devolvidos, sendo para esse efeito útil a indicação do nib remetente


Por um novo paradigma mental, ético e civilizacional










Uma reflexão inspirada, inspiradora e, sem qualquer dúvida, fundamental para todos aqueles/aquelas que buscam um mundo verdadeiramente melhor …


Por um novo paradigma mental, ético e civilizacional

Vivemos hoje uma profunda crise do paradigma antropocêntrico que dominou a humanidade europeia-ocidental e se mundializou: nele o homem vê-se como centro e dono do mundo, reduzindo a natureza e os seres vivos a objectos desprovidos de valor intrínseco, como meros meios destinados a servir os fins e interesses humanos [1]. Se o surgimento da ciência e da tecnologia moderna obedeceu, sobretudo após as duas Revoluções Industriais, à crença no progresso geral da humanidade mediante o domínio da natureza e a exploração ilimitada dos seus recursos, incluindo os seres vivos, vive-se hoje a frustração dessa expectativa de um Paraíso terreno científico-tecnológico e económico: o sonho comum aos projectos liberais e socialistas converteu-se no pesadelo da persistente guerra, fome e pobreza, da crise económico-financeira, da destruição da biodiversidade, do sofrimento humano e animal e da iminência de colapso ecológico. Muitos relatórios científicos mostram o tremendo impacte que o actual modelo de crescimento económico tem sobre a biosfera planetária, acelerando a sexta extinção em massa do Holoceno, com uma redução drástica da biodiversidade, sobretudo nos últimos 50 anos, a um ritmo que pode chegar a 140 000 espécies de plantas e animais por ano, devido a causas humanas: destruição de florestas e outros habitats, caça e pesca, introdução de espécies não-nativas, poluição e mudanças de clima [2].

Manifestação particularmente violenta do antropocentrismo tem sido o especismo, preconceito pelo qual o homem discrimina os membros de outras espécies animais por serem diferentes e vulneráveis, mediante um critério baseado no tipo de inteligência que possuem que ignora a sua comum capacidade de sentirem dor e prazer físicos e psicológicos (a senciência, ou seja, a sensibilidade e o sentimento conscientes de si, distinto da sensitividade das plantas) ou o serem sujeitos-de-uma-vida, consoante as perspectivas de Peter Singer e Tom Regan [3]. A exploração ilimitada de recursos naturais finitos e dos animais não-humanos para fins alimentares, (pseudo-)científicos, de trabalho, vestuário e divertimento, tem causado um grande desequilíbrio ecológico e um enorme sofrimento. O especismo é afim a todas as formas de discriminação e opressão do homem pelo homem, como o sexismo, o racismo e o esclavagismo, embora sem o reconhecimento e combate de que estas têm sido alvo.

A desconsideração ética do mundo natural e da vida animal não só obsta à evolução moral da humanidade como também a lesa, lesando o planeta, como é particularmente evidente nos efeitos do consumo de carne industrial. Além do sofrimento dos animais, criados artificialmente em autênticos campos de concentração [4], além da nocividade da sua carne, saturada de antibióticos e hormonas de crescimento [5], a pecuária intensiva é um mau negócio com um tremendo impacte ecológico: a produção de 1 kg de carne de vaca liberta mais gases com efeito de estufa do que conduzir um carro e deixar todas as luzes de casa ligadas durante 3 dias, consome 13-15 kg de cereais/leguminosas e 15 000 litros de água potável, cuja escassez já causa 1.6 milhões de mortes por ano e novos ciclos bélicos (http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=7788); a pecuária intensiva é responsável por 18% da emissão de gases com efeito de estufa a nível mundial, como o metano, emitido pelo gado bovino, que contribui para o aquecimento global 23 vezes mais do que o dióxido de carbono; 70% do solo agrícola mundial destina-se a alimentar gado e 70% da desflorestação da selva amazónica deve-se à criação de pastagens e cultivo de soja para o alimentar; entre outros índices, destaque-se que toda a proteína vegetal hoje produzida no mundo para alimentar animais para consumo humano poderia nutrir directamente 2 000 milhões de pessoas, um terço da população mundial, enquanto 1 000 milhões padecem fome [6]. Isto leva a ONU a considerar urgente uma dieta sem carne nem lacticínios para alimentar de forma sustentável uma população que deve atingir os 9.1 biliões em 2050 [7].

Compreende-se assim a urgência de um novo paradigma mental, ético e civilizacional que veja que as agressões aos animais e à natureza são agressões da humanidade a si mesma, que não separe as causas humanitária, animal e ecológica e que reconheça um valor intrínseco e não apenas instrumental aos seres sencientes e ao mundo natural, consagrando juridicamente o direito dos primeiros à vida e ao bem-estar e o do segundo à preservação e integridade (no que respeita aos animais, Portugal possui um dos Códigos Civis mais atrasados, considerando-os meras coisas, o que urge alterar) [8]. Sem este novo paradigma, de uma nova humanidade, não antropocêntrica, em que o homem seja responsável pelo bem de tudo e de todos [9], não parece viável haver futuro.

[1] Kant considera o homem o “senhor da natureza”, que tem nele o seu “fim último” –Critique de la faculté de juger, 83, Paris, Vrin, 1982. O mesmo autor considera que os animais “não têm consciência de si mesmos e não são, por conseguinte, senão meios em vista de um fim. Esse fim é o homem”, que não tem “nenhum dever imediato para com eles” – Leçons d’éthique, Paris, LGF, 1997, p.391.

[2] Peter Raven escreve no Atlas of Population and Environment: "Impulsionamos a taxa de extinção biológica, a perda permanente de espécies, até centenas de vezes acima dos níveis históricos, e há a ameaça da perda da maioria de todas as espécies no fim do século XXI”. A equipa internacional liderada pelo biólogo Miguel Araújo, da Universidade de Évora, publicou recentemente um importante artigo na revista Nature sobre as consequências na “árvore da vida” das mutações climáticas antropogénicas:http://www.nature.com/nature/journal/v470/n7335/full/nature09705.html

[3] Cf. Peter Singer, Libertação Animal [1975], Porto, Via Óptima, 2008; Tom Regan, The Case for Animal Rights [1983], Berkeley, University of California Press, 2004, 3ª edição. Peter Singer segue a perspectiva utilitarista herdada de Jeremy Bentham e baseia-se na igualdade de interesses dos animais humanos e não-humanos em experimentarem o prazer e evitarem a dor, enquanto Tom Regan estende a muitos dos animais não-humanos a perspectiva deontológica de Kant, considerando-os indivíduos com identidade, iniciativas e objectivos e assim com direitos intrínsecos à vida, à liberdade e integridade. Cf. Os animais têm direitos? Perspectivas e argumentos, introd., org. e trad. de Pedro Galvão, Lisboa, Dinalivro, 2011.

[4] Cf. Peter Singer, Libertação Animal; Jonathan S. Foer, Comer Animais [2009], Lisboa, Bertrand, 2010.

[5] Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 75% das doenças mais mortais nos países industrializados advêm do consumo de carne.

[6] Cf. um relatório de 2006 da FAO, Food and Agriculture Organization, da ONU, Livestock’s Long Shadow: environmental issues and options:http://www.fao.org/docrep/010/a0701e/a0701e00.HTM

[7] http://www.guardian.co.uk/environment/2010/jun/02/un-report-meat-free-diet

[8] Para uma introdução às diferentes perspectivas e questões éticas e jurídicas relacionadas com a natureza e os animais, cf. Fernando Araújo, A Hora dos Direitos dos Animais, Coimbra, Almedina, 2003; Maria José Varandas, Ambiente. Uma Questão de Ética,Lisboa, Esfera do Caos, 2009; Stéphane Ferret, Deepwater Horizon. Éthique de la Nature et Philosophie de la Crise Écologique, Paris, Seuil, 2011.

[9] Cf. Hans Jonas, Das Prinzip Verantwortung, Frankfurt am Mein, Insel Verlag, 1979.



Paulo Borges



Discussão: http://permaculturaportugal.ning.com/profiles/blogs/por-um-novo-paradigma-mental


Wednesday, June 22, 2011

The Story of Citizens United v. FEC (2011)



Um vídeo da “imprescindível” série “The Story of … “, de Annie Leonard, neste caso uma reflexão essencial sobre a forma como as “corporações” influenciam e controlam aquilo que deveria ser a nossa democracia … ainda que partindo um pouco da realidade dos Estados Unidos, e focado numa questão em concreto (no aproveitamento imoral que as “corporações” têm feito da Primeira Emenda da constituição dos Estados Unidos), não deixa de ser essencial para uma reflexão “obrigatória” como (não) funciona a democracia face a todos os interesses (nomeadamente das grandes corporações e poderosos grupos de influência) que se movem na sua sombra … a ver e reflectir!

Friday, June 17, 2011

Oil Smoke and Mirrors (Full High Quality)

Um dos vídeos mais imprescindíveis sobre dois dos eventos mais determinantes do Séc XXI. A verdade por detrás do 11 de Setembro e um dos acontecimentos mais determinantes que irá acontecer, ou já está a acontecer, e que irá modificar por completo toda a nossa sociedade e economia global: O Pico da Produção de Petróleo.
Muito poucos têm consciência da gravidade das repercussões que esse acontecimento terá no nosso dia-a-dia e todas as previsões parecem quase sempre como perspectivas demasiado pessimistas ou catastróficas ... mas será que é possível uma dependência quase insana de uma recurso findável e limitado não ter consequências brutais quando se tornar óbvia que essa dependência é impossível de manter?
E o que acontecerá a todo um sistema económico e produtivo sem qualquer preparação para uma realidade pós-carbono?
A não perder para quem quiser reflectir um pouco sobre o assunto e se assim o entender pensar em formas de estar preparado dentro do possível para um dos acontecimentos que parece mais inevitável e mesmo certo estar para acontecer, ou estar já a acontecer, em breve ...

Thursday, June 16, 2011

Monday, June 13, 2011

Ciclo Terra Ecco, p+d 16 de Junho, Projecção "The End of Suburbia”










Ciclo Terra Ecco, p+d

16 de Junho

5ªfeira, 22h00

Contagiarte

Projecção "The End of Suburbia”


a não perder!! o "pico do petróleo" é um dos eventos que mais irá (ou já está) determinar o futuro e o presente da nossa civilização? parece exagero? vejam o filme e depois (literalmente) falamos ;O)

Thursday, June 09, 2011

Oficina sobre Consumo Crítico e Consciente - O3C´s - Visita Pedonal Guiada

Oficina sobre Consumo Crítico e Consciente - O3C´s

- Visita Pedonal Guiada

Dia 18 de Junho de 2011, Sábado, às 10h00

(duração aproximada: 2h30)

Inscrições Limitadas


As grandes firmas de relações públicas, de publicidade, de artes gráficas, de cinema, de televisão... têm, antes de mais, a função de controlar os espíritos. É necessário criar "necessidades artificiais" e fazer com que as pessoas se dediquem à sua busca, cada um por si, isolados uns dos outros. Os dirigentes dessas empresas têm uma abordagem muito pragmática: "É preciso orientar as pessoas para as coisas superficiais da vida, como o consumo." É preciso criar muros artificias, aprisionar as pessoas, isolá-las umas das outras.”

Noam Chomsky


É um "lugar comum" dizer-se que a nossa sociedade se globalizou. No entanto, talvez seja mais difícil compreendermos ou reflectirmos sobre as mais diversas formas e repercussões dessa mesma globalização na nossa realidade do dia-a-dia. Sobre as implicações concretas que esse fenómeno tão crucial adquire para cada um de nós e reais impactos no tecido social da nossa cidade/comunidade.

Numa sociedade dita de consumo cerca de 20% da população dos países ditos “mais desenvolvidos” consome cerca de 80% dos recursos. Esse consumo, ou para se ser mais exacto, consumismo, tido como “normal” e até intrínseco no nosso modo de vida tem no entanto pesadas implicações ambientais e sociais. A nível ecológico é desastrosa a forma como a nossa espécie tem vindo a levar à exaustão os mais diversos recursos naturais do planeta, provocando uma destruição sem ímpar dos habitats selvagens da Terra. Para além disso, e paradoxalmente, uma grande parte dos bens produzidos (quase 90%) são produzidos para uma utilização efémera (uma única vez) e muitas vezes por breves segundos, sendo depois responsáveis pela produção de toneladas e toneladas de resíduos cujo tratamento implica também, ele próprio, uma elevada factura ecológica e económica.

Tendo-se os nossos hábitos de consumo (ou maus hábitos) tornado tão banais e inconscientes, a questão que urge lançar é: de que forma podemos fazer a diferença? Para mudar positivamente o nosso estilo de vida adoptando comportamentos e hábitos mais conscientes e positivos do ponto de vista ecológico e social?

Por outro lado, o Porto como o conheciamos, como uma cidade caracterizada por uma enorme tradição e vitalidade do seu comércio tradicional tem vindo também a sofrer diversas transformações. Saber quais, como e exactamente de que forma são os desafios que a Oficina de Consumo Crítico e Consicente vem lançar. Entre mil e uma outras questões e reflexões que vamos encontrar nas ruas, esquinas e lojas da cidade.

É pois uma oficina que é também uma viagem de reflexão, debate e partilha de experiências e memórias através de cores, aromas e lugares nevrálgicos para a actividade económica, cultural e social da cidade do Porto.É uma viagem “viva” sobre alguns dos efeitos da globalização económica na nossa comunidade local, assim como um exercício prático de reflexão sobre as nossas escolhas e a forma como elas influenciam a realidade económica, social e ambiental da nossa comunidade.


Formador: Pedro Jorge Pereira, Activista e Formador Eco-Social

Data: 18 de Junho de 2011, Sábado, às 10h00,

Ponto de Encontro: em frente à C.M.do Porto junto à estátua de Almeida Garret


Inscrições: e-mail.: ecotopia2012@gmail.com telm.: 93 4476236

Contribuição sugerida: 4 trocos


Indicações:

Levar roupa a calçado confortável pois, no essencial, a oficina consiste numa visita pedonal guiada.

Percurso sujeito às condições climatéricas existentes. A confirmação será enviada por e-mail até 24h anteriores à actividade.

Trazer roupa, calçado confortável e água.

A actividade tem um carácter informal e pessoal pelo que não se encontra coberta por qualquer tipo de seguro, sendo que a responsabilidade por qualquer acidente é da inteira responsabilidade dos participantes.

Brasil autoriza construção da terceira maior barragem do mundo na Amazónia

Um holocaustro hídrico, talvez seja a melhor forma de descrever o que este dantesco atentado ecológico em mega escala representa para o ecossistema Amazónico e para o modo de vida milenar dos povos índios daquela região. Para quê? Para gerar mais uma contratos milionários às grandes construtoras, para gerar mais lucros para as gananciosas empresas hidroeléctricas, para manter o estilo de vida consumista e desperdiçador das grandes cidades? (lá como cá a “praga” das grandes barragens tem contornos muito semelhantes, com a agravante da escala que lá elas têm)

Uma terrível estupidez é o que é! É importante fazer-se tudo o que for possível e impossível para travar esta catástrofe em vias de execução pelo ser humano.


Projecto gerou protestos de ambientalistas e comunidades indígenas

Brasil autoriza construção da terceira maior barragem do mundo na Amazónia

01.06.2011 - 18:02 Por Ricardo Garcia, Isabel Gorjão Santos, com agências

http://www.publico.pt/Mundo/brasil-autoriza-construcao-da-terceira-maior-barragem-do-mundo-na-amazonia_1497047


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu nesta quarta-feira a licença para a construção da polémica barragem de Belo Monte, na Amazónia, que será a terceira maior do mundo.

A licença para a construção da barragem hidroeléctrica foi concedida à empresa brasileira Norte Energia, anunciou o Ibama em comunicado. O projecto irá inundar uma área de cerca de 500 quilómetros quadrados nas margens do rio Xingu, na parte oriental do estado do Pará, na Amazónia. Representa um investimento de cerca de 12 mil milhões de euros e terá uma capacidade de 11200 megawatts de energia - duas vezes e meia a capacidade somada de todas as barragens de Portugal ou nove vezes a potência da central térmica de Sines.

As autoridades brasileiras têm defendido que a construção da barragem é fundamental para assegurar o fornecimento de energia, mas o projecto tem sido duramente criticado por grupos de ambientalistas e pelas comunidades indígenas da região, uma vez que obrigará ao deslocamento de cerca de 16 mil pessoas, segundo as estimativas oficiais. Várias figuras públicas juntaram-se nos últimos meses aos protestos contra a barragem, incluindo o cineasta James Cameron, realizador de “Avatar”, que já esteve várias vezes no Brasil para apoiar as comunidades indígenas. A Comissão Interamericana para os Direitos do Homem e a Organização dos Estados Americanos chegaram a pedir ao Brasil para suspender a construção.

O Ibama garante, no entanto, que o projecto prevê compensações sociais e ecológicas para a região afectada e sublinha que haverá vazão suficiente numa das zonas afectadas, a Volta Grande do Xingu, de modo a preservar o ecossistema e o modo de vida das populações ribeirinhas. O acordo para a criação da barragem já tinha sido assinado em Agosto pelo ex-Presidente Lula da Silva.

A obra é uma peça importante do Programa de Aceleração e Crescimento do Brasil, lançado pelo Governo Lula da Silva em 2007 e na altura coordenado pela então ministra-chefe da Casa Civil, a actual Presidente Dilma Rousseff. O projecto encontrou resistências, porém, dentro do próprio Governo. O Ibama resistiu à sua aprovação e dois dos seus presidentes demitiram-se, alegadamente perante a pressão para dar luz verde ao projecto. A insistência do Governo no projecto é também apontada como uma das causas que levaram, em 2008, a então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a apresentar a sua demissão do Executivo.

A actual ministra brasileira do Ambiente, Izabella Teixeira, defende a barragem como necessária para suprir o grande aumento previso no consumo eléctrico do país. "Eu prefiro discutir energia hidráulica do que energia nuclear no Brasil", disse Izabella Teixeira, numa entrevista ao PÚBLICO, que será publicada na íntegra no próximo fim-de-semana. Segundo Izabella Teixeira, só o nuclear seria uma alternativa à barragem, por representar uma disponibilidade constante de energia eléctrica em grande quantidade. A ministra rejeitou alguns dos argumentos contra o projecto, como a possibilidade de virem a ser inundadas áreas indígenas, algo que, segundo afirma, não irá acontecer.

Belo Monte será a terceira maior barragem do mundo, depois da barragem das Três Gargantas, na China, e a de Itaipu, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. A primeira turbina deverá começar a funcionar em 2015 e a última em 2019. Actualmente, três quatros de toda a electricidade consumida no Brasil vêm de barragens.

Sunday, June 05, 2011

reflexão ... assim vai este país

Não deixa de ser irónico que cerca de 100 anos após a implantação de República e cerca de 37 anos após o 25 de Abril a força política herdeira dos valores e dialéctica do Estado Novo (Deus, pátria e família) se tenha tornado na 3ª maior força política em Portugal. O populismo funciona e o desinvestimento na educação está, mais do que nunca, a dar os seus frutos. A tendência não parece ser, para já, das coisas melhorarem.

Não deixa de ser irónico que após 6 anos de governo de centro-pseudo-esquerda-mas-bem-de-direita o povo tenha escolhido mudar de um caminho no sentido de uma maior precaridade e instabilidade social e laboral, perda de direitos e serviços públicos (educação, saúde, ambiente), favorecimento dos grandes interesses financeiros em detrimento de todo o bem estar social (enfim, o neoliberalismo no seu melhor) para um caminho ... ainda mais à direita e ainda mais de pleno neoliberalismo à moda de Tatcher e Reagen (os grandes impulsionadores do neoliberlaismo nos seus países e por inerência à escala global)

Voto supostamente um bocadinho mais à esquerda ou à direita a realidade é que o grande programa ideológico do "centro" é o neoliberalismo (privatização de tudo e de todos, despedimentos, precaridade, etc. o "pacote" completo), e essa tem sido a nossa maior realidade pós-25 de Abril e sobretudo após a entrada na União Europeia (também ela orientada por uma agenda predominantemente e fortemente neoliberal - obrigado Durão).

Qual é o futuro?
O futuro, para quem defende uma democracia real, participativa, do povo e para o povo terá que ser ainda de maior criatividade, resistência e tenacidade.

O futuro e a mudança mais do que nunca tem de partir da sociedade civil, dos movimentos sociais, da iniciativa e activismo individual e colectivo.

Passados 100 anos ainda tanto, mas tanto, há a fazer para cumprir os ideais da República. Passados 37 anos "Abril" nunca esteve tão longe de trazer as mudanças e bem estar social que o povo português ousava sonhar então.
Mais do que nunca há que resistir ... e se o voto é a arma do povo, então ela nunca se revelou tão infrutífera em Portugal ...

Para reflexão:

Algo que começa a ser muito comum nos últimos tempos, com tendência para aumentar com este novo governo de direita populista: a repressão policial sobre os movimento cívicos e sociais. A polícia protege os pobres ou protege dos pobres os podres de ricos?

http://www.youtube.com/watch?v=KegqkSXPwas&feature=related

Socrates pode "partir" (para algum tacho milionário em alguma das empresas milionárias que ajudou durante estes anos) que tem em Passos Coelho um sucessor à sua altura ... estude-se um pouco o CV do Ronald Reagen português ...

http://verdadeirolapisazul.blogspot.com/


Desejo a maior força e determinação a tod@s nestes tempos difíceis que se avizinham de direita conservadora e pró-lobbies financeiros (um pouco à imagem do anterior governo mas talvez com um agravamento previsível em vários domínios) em Portugal ...

Força amig@s, mais do que nunca: a luta continua e tem mesmo que continuar ...

Abraços,

Pedro Jorge